sábado, 10 de agosto de 2013

FESTA FEMINISTA!

Só para dizer que hoje à noite e, prevê-se, até à madrugada de domingo: FESTA FEMINISTA.
Depois de mais um dia com 6 workshops (ver posts anteriores), um plenário de avaliação e de reflexão e discussão sobre os proximos passos, ei-nos na festa feminista.
Amanhã -hoje , Domingo dia 11, faremos uma pequena, mas insubmissa e barulhenta,  marcha por ruas de braga, e depois performance e concentração feminista na Praça da Avenida da Liberdade em Braga. E por muito que a festa acabe tarde, amanhã às 10h ou 11h vá , preparação dos materiais para a tarde.
Sobre a festa, neste momento a decorrer, apenas vos deixamos aqui o seu manifesto;)


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Performance e Concentração Feminista este domingo em Braga!






                                     Performance e Concentração Feminista
                     Domingo dia 11 de Agosto, em Braga, às 16h
                                                 Juntem-se! 

Tal como nos dois outros acampamentos promovidos pelas jovens da MMM Europa em que ocorreu sempre uma iniciativa pública de rua, este ano, em que o acampamento decorre em Portugal, decidimos ocupar ruas e uma praça de Braga ( Praça da Avenida da Liberdade - Praça Central)
Estão todas e todos convidadas-os!


Nota:  
Esta foto foi tirada na grécia, durante a manifestação do Alter Summit - Cimeira Alternativa, na qual estivemos e que decorreu em Atenas de 6 a 9 de Junho 2013. Agora e sempre, aqui e lá , Insubmissão feminista! Porque entendemos , acreditamos e promovemos o feminismo como um projecto politico, social e cultural global de transformação radical do mundo. Mulheres unidas contra o patriarcado, o capitalismo e as troikas desta vida. Pela liberdade, igualdade, solidariedade, justiça e paz.

algumas fotos




























Diarios de bordo de um acampamento "pas comme les autres": um acampamento feminista pois;)

Gostavamos de conseguir actualizar o blog com mais frequência mas os dias aqui têm sido intensos. Dizer que o programa de cada dia tem sido definido em assembleia, por todas, no dia anterior, com base nos conhecimentos e vontades das presentes. O objectivo é o de mutualizar os nossos conhecimentos e recursos, aprendermos umas com as outras e construir em conjunto. Não há pois "especialistas" para falar dos diferentes temas. Todos os dias acabam com assembleias em que fazemos o balanço do dia decorrido quer em termos de conteúdos quer em termos de gestão do espaço e da dinâmica colectiva. Quarta feira , depois do pequeno almoço preparado pelas companheiras inscritas nesse dia para tal tarefa, reunimos em plenario para falar dos impactos que a "crise" e as politicas de austeridade tomadas em seu nome têm tido nas nossas vidas ; falamos do regime de austeridade implementado, ainda que a diferentes velocidades, nos varios paises  da Europa e além dela, da troika e de troikistas, dos autoritarismos, da onda neoconservadora que pretende novamente colocar-nos em caixinhas , retroceder em direitos já conquistados , aprofundar as desigualdades, estigmatizar, oprimir.  Partilhamos preocupações mas também estratégias de resistência e de transformação. Por volta das 13h00 : almoço(s) preparado pelas companheiras inscritas para essa tarefa nesse dia. 15h: 3 workhops  paralelos. Temas: Lesbianismo e feminismos ; austeridade, autoritarismo e fascismos  ; teatro de performance. Depois de uma pausa , novamente 3 workshops: os sujeitos dos feminismos ; feminismos e movimentos sociais : ferramentas para a transformação e workshop de dança(s). Lanche, plenario, jantar e sessão de filmes (e conversa) sobre a Marcha Mundial das Mulheres (movimento global feminista e anticapitalista que nasceu em 2000 e que desde ai tem se desenvolvido e consolidado por todo o mundo).
Quinta feira : workshop colectivo de autodefesa feminista. A tarde foi livre . Algumas ficaram pelo espaço do acampamento, outras foram para a ilha do Ermal;)
Sexta feira : plenário sobre  direitos sexuais e reprodutivos. Hoje à tarde , workshop de Teatro da/o oprimida/o , sessão sobre jovens feministas : necessidade de auto-organização? , e utopias feministas: experiências comunitárias.
Os programas de sábado e domingo foram ontem delineados: teremos ao longo deste dois dias um plenario sobre o texto político da MMM a ser discutido no encontro internacional que vai decorrer no Brasil de 25 a 31 de agosto (mais infos no site das companheiras da MMM Brasil http://marchamulheres.wordpress.com/2013/08/08/programacao-do-9o-encontro-internacional-da-marcha-mundial-das-mulheres/ ), workshop de body painting, sessão sobre prostituição e trabalho sexual, sessão sobre escritas feministas , sessão sobre educação não sexista: FESTA no sábado. Plenario de avaliação e preparação de iniciativa pública em Braga , domingo 11 de Agosto, às 16h na Praça Central (ou também chamada de Praça da Republica) . Quem tiver por Braga ou arredores: juntem-se!;)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

E...o acampamento começou!


As jovens feministas portuguesas envolvidas na organização do acampamento chegaram a Vieira do Minho na sexta feira dia 2 para preparar toda a logistica : montar as tendas de grande dimensão para as sessões plenárias e workshops ; fazer todas as compras; identificar os diferentes espaços do acampamento; feitura de pancartas;  verificação e coordenação das chegadas das companheiras de outros paises europeus; preparação das casas de banho secas; biblioteca comunitária; espaço para colocação de jogos colectivos, identificação dos espaços entre outras (muitas) coisas.
Domingo foram chegando várias jovens companheiras feministas residentes em Portugal e noutros paises europeus: as primeiras a chegar foram as francesas, a que se juntaram jovens feministas de Portugal, de Estonia, de Galiza, do Pais Basco, de Austria , da Roménia, de Italia, da Finlandia, da Suiça . Apresentação do espaço, instalação das tendas de cada  uma, montagem de chuveiros solares, convívio entre as presentes à medida que iamos aumentando foram algumas das nossas ocupações de domingo. O primeiro jantar (o de domingo à noite) foi preparado por portuguesas. Na verdade , vários jantares porque várias das presentes são vegetarianas e algumas vegan. Pela noite: interconhecimento e convivio pois :)

Segunda feira foram chegando mais algumas companheiras nomeadamente de Portugal, do Reino Unido e da Alemanha. Foi dia também para ir ao mercado local e comprar legumes e frutas junto de produtoras e produtores locais. à tarde , decorreu a assembleia juntando todas as presentes: dinâmica de apresentação entre todas, apresentação do acampamento e divisão em grupos nos quais foram discutidas as nossas expectativas e os temas que gostavamos de verem reflectidos e debatidos nos proximos dias. De seguida, juntamo-nos novamente em plenario para partilhar as  conversas tidas em grupo e começar então a delinear o programa. Depois de bastante partilha e discussão, definimos os diferentes workshops que decorreriam durante o acampamento, os temas a discutir em plenário e a gestão comum dos espaços, constituindo-se de resto equipas para a cozinha e limpeza. Em breve, daremos mais informações mas para já dizer que o programa de hoje começou com uma assembleia sobre a situação politica, economica e social em cada país, a realidade dos movimentos sociais  e o trabalho , as realidades , as dificuldades e os desafios dos movimentos feministas nos nossos paises. Neste preciso momento, estão a decorrer 3 workshops paralelos , um sobre a criação de um fanzine feminista durante o acampamento, outro sobre higiene do corpo e da casa: alternativas ecologicas e uma discussão sobre espaços mistos e não mistos e autoorganização. 

Até já!

sábado, 3 de agosto de 2013

Occupy Vieira do Minho;) Noticia do Jornal i

Excerto do artigo sobre acampamento europeu. Publicado no jornal i de dia 3 de agosto 2013


Occupy Vieira do Minho. Jovens feministas de armas e bagagens em Portugal
Artigo de Catarina Falcão

Terceiro acampamento das jovens feministas europeias decorre em Portugal de 4 a 12 de Agosto. Menino não entra

A partir de amanhã mais de 60 jovens feministas europeias vão instalar-se em Vieira do Minho para uma semana de debates, workshops e iniciativas públicas promovidas pela movimento feminista internacional Marcha Mundial das Mulheres (MMM). A intervenção da troika em Portugal, as dificuldades inerentes ao resgate financeiro e o agravamento das desigualdades de género vividas pelas portuguesas serviram de mote para trazer a terceira edição do Acampamento de Jovens Feministas ao Minho, depois de Toulose, em França (2011), e Targoviste, na Roménia (2012), terem sido os locais escolhidos para os dois primeiros acampamentos.

"A escolha de Portugal deveu-se a dois factores: sermos um país intervencionado pela troika, cujas políticas de austeridade têm tido impactos gravíssimos sobre as vidas da maioria das pessoas, nomeadamente das mulheres, e por entendermos ser essencial partilhar preocupações, reflexões, experiências e estratégias entre jovens feministas a nível europeu para combater o aprofundamento das desigualdades e afirmar as nossas resistências e alternativas", sublinhou fonte da organização ao i. Até agora há 60 jovens inscritas na iniciativa provenientes de Portugal, Espanha, França, Suíça, Itália, Alemanha, Estónia, Finlândia, Áustria, Roménia e Reino Unido - a iniciativa só é aberta a mulheres porque se pretende "afirmar as capacidades das mulheres para a acção e autonomia", e não há limite de idades.

Também a região do país onde vai decorrer o evento não foi escolhida ao acaso, já que este ano a organização do acampamento está a cargo da MMM de Portugal e da Galiza, ficando o Minho equidistante para ambas as organizadoras. "A localização, em Vieira do Minho, permite a concretização desta parceria. Por outro lado, a quinta que nos acolherá situa-se num lindo vale rodeado por montanhas verdejantes muito perto da serra do Gerês e tem todas as condições necessárias para a realização de uma iniciativa desta natureza", justificou o MMM Portugal.

Autogestão Desde o início desta iniciativa que as jovens feministas estabeleceram que os acampamentos se iriam realizar sempre em autogestão. Não só dormem em tendas, procurando alojar-se em quintas ou na proximidade de florestas e rios, como tentam consumir apenas produtos locais e cultivados de forma ecológica. O dia-a- -dia do campo é gerido por todas em conjunto e todas as participantes têm de levar a cabo tarefas como cozinhar ou limpar.

A autogestão não se aplica só à logística do acampamento, também o programa das actividades só é definido quando todas as participantes já se encontram juntas. Numa assembleia-geral decidem e votam os temas a abordar durante aquela semana, sendo por isso impossível saber com antecedência o que vai fazer parte do convívio em Vieira do Minho. A tradição deste evento indica que uma marcha com animação, dança e música pelas ruas de Braga não estará fora de questão, assim como debates públicos com os moradores da zona sobre tolerância e, claro, o papel da mulher na sociedade.

Yes We Camp A grande diferença em relação aos últimos dois acampamentos é que este ano a organização não conseguiu qualquer ajuda comunitária para o projecto - apesar de o acampamento que decorreu em Toulouse, em 2011, ter sido nomeado para prémios de acção juvenil na Europa. "Decidimos, mesmo assim, avançar com a organização, com os recursos e boas vontades que conseguíssemos mobilizar. Daí o lema 'Yes, we camp!' Mais que uma actividade de projecto, esta iniciativa pretende de facto promover a cidadania crítica e uma consciência feminista, capaz de enfrentar os tempos e as políticas adversas que hoje enfrentamos."

Além do debate sobre as desigualdades e o "risco de cristalização de valores conservadores, que relegam as mulheres para a esfera privada e as tarefas de reprodução, ao mesmo tempo que parece acentuar-se a tendência para a mercantilização dos nossos corpos", as jovens feministas querem mudar a perspectiva com que as mulheres encaram o futuro. "[Combatemos as dificuldades] recusando liminarmente o que nos apresentam como inevitabilidades, participando no espaço público - seja em grupos de mulheres, seja noutros grupos, associações, movimentos ou mesmo partidos -, construindo solidariedades e afirmando alternativas", sublinhou a MMM.

[Em breve colocaremos a noticia completa publicada na edição impressa do jornal i]

Fotos do segundo acampamento, na Roménia.

Fotos do segundo acampamento europeu de jovens feminists organizado pela Marcha Mundial das Mulheres. Decorreu na Roménia, em Targoviste, em Agosto de 2012.





 




 

Fotos do primeiro acampamento!

Primeiro acampamento europeu de jovens feministas organizado pela Marcha Mundial das Mulheres Julho 2011, Toulouse, Franca 






 
     

Declaração sobre Migração, resultante do acampamento realizado na Roménia, em Agosto 2012

DECLARACIÓN SOBRE LA MIGRACIÓN
Campamento de jóvenes feministas de Europa MMM
Moroieni, Rumania
11 de agosto de 2012

Denunciamos el sistema de migración que permite que ciertas personas se muevan libremente por el mundo y crucen las fronteras con facilidad, mientras aprisiona a otras en sus territorios. Denunciamos la militarización de las fronteras en esta Europa-fortaleza, y la multiplicación de los centros de detención de migrantes. Denunciamos la creciente represión política contra activistas, migrantes y mujeres.
Denunciamos la pobreza generada por este sistema capitalista, racista, imperialista y patriarcal. Estamos conscientes de que esta pobreza y falta de autonomía afectan primero a las mujeres. La sub-valorización del trabajo de las mujeres, como el trabajo doméstico y reproductivo, es un enclave central en este sistema, al igual que la violencia sexual y la manera en que son educadas las niñas perpetúan esta sociedad jerarquizada en géneros.
Como ha sido evidenciado en esta acción, denunciamos el tráfico de las mujeres para el uso sexual de los hombres de cada país. Denunciamos la explotación de las mujeres que trabajan duramente en la limpieza, cuidado, agricultura, etc. Denunciamos la imposibilidad de reunirnos con nuestras hermanas feministas viviendo en países del sur, Lydiah de Kenia, Clydie de Filipinas, y Najla de Tunisia, quienes no pudieron estar aquí a causa de estas barreras territoriales y de control de visado.

La pobreza y la violencia afectan particularmente a ciertas mujeres, como las mujeres romaníes, mujeres pertenecientes a minorías culturales, mujeres jóvenes, lesbianas, trans y queers, mujeres mayores, y muchas más. Este sistema está organizado por autoridades legales que trabajan mano a mano con las mafias y fuerzas del mercado.
Afirmamos que nosotras, jóvenes feministas de Europa y el mundo, estamos trabajando para destruir el sistema, cambiar nuestros prejuicios y trabajar en nuestras propias sociedades influenciadas por ideologías racistas y patriarcales, y encontrar nuevas maneras de que todos los seres humanos podamos vivir libres de violencia y de opresión.

Manifesto elaborado aquando o acampamento de Julho 2011

O manifesto é um documento de trabalho criado aquando o primeiro acampamento europeu de jovens feministas realizado en julho de 2011 e organizado pelo grupo de jovens de Paris da Coordenação francesa da Marcha Mundial das Mulheres. Durante os 7 dias do acampamento decorreram diversas sessões (debates, plenarios, workshops) sobre temas sobre os quais este manifesto se debruça. Este manifesto foi escrito em conjunto, em julho de 2011, por feministas vivendo na França, na Galiza, no Pais Basco, na Belgica, na Suissa, em Portugal, na Polonia, na Arménia, na Roménia e na Macédonia.

O objectivo do texto era o de analisar as situações  vividas e de trabalhar em respostas e estatégias de lutas comuns para enfrentar o futuro.